Reconhecimento e valorização da magistratura marcam posse da nova diretoria da Amatra 5
25 de maio de 2013


A nova diretoria da Amatra 5, sob a presidência da Juíza Andrea Presas, foi empossada  solenemente no Pleno do Tribunal Regional do Trabalho, em cerimônia realizada na última sexta-feira ( 23) para um auditório lotado. A ex-presidente Ana Claudia Scavuzzi abriu a solenidade e, com um discurso emocionado, fez questão de agradecer nominalmente todos os companheiros de diretoria, assim como o apoio recebido da presidente do TRT5, Desembargadora Vânia Chaves.



O movimento pela valorização da magistratura foi o tema principal da sua fala.  “Essa luta não pode arrefecer. Não tenho dúvida que a Amatra 5 continuará unida e combativa, pois será conduzida por uma diretoria de grandes nomes da magistratura baiana”, ressaltou a ex-presidente.



Ao saudar a nova diretoria, a Presidente do TRT, Desembargadora Vânia Chaves, desejou  sucesso ao tempo que lembrou que a missão institucional deve ser embasada na cooperação e colaboração.  Em outro trecho do seu discurso, a presidente fez um reconhecimento público ao trabalho êxitoso realizado pela ex-dirigente da Amatra5, juíza Ana Claudia Scavuzzi.



O discurso mais esperado da noite foi bastante aplaudido por todos.  A presidente eleita, Andrea Presas, primeira juíza substituta a assumir a função de representar os magistrados do trabalho na Bahia, fez um discurso apaixonado.  Iniciou reiterando  o compromisso de manter permanentemente aberto ao diálogo entre a Amatra5 e o TRT.



O discurso foi  marcado pelo tom democrático, pela gratidão aos colegas de diretoria e, sobretudo,  a ex-dirigentes da associação que lhe servem de exemplo  como os juízes, Gilmar Carneiro, Viviane Leite e Ana Claudia Scavuzzi.  Mas foram temas como o papel do magistrado como pilar da justiça, a necessidade de união para o movimento de valorização da magistratura e a necessidade de estar atento e entender as mudanças que permeou toda a fala.   “ A carreira do magistrado mudou. A relação do judiciário com a sociedade mudou. Vivemos um outro momento de mudança com a chegada do PJ-e e suas inovações”, lembrou Andrea Presas. Diante de tantos desafios a presidente finalizou seu discurso falando sobre coragem. “A palavra coragem, vem do francês e significa coração e agir, ou seja, agir com o coração será a tônica desta nova gestão”, ressaltou a presidente.



A mesa da solenidade foi composta pela presidente eleita, juíza Andrea Presas, Presidente do TRT5, Desembargadora Vânia Chaves, ex-presidente da Amatra, Ana Claudia Scavuzzi, pelo Procurador Chefe do Ministério Público do Trabalho, Pacífico Rocha, pelo Corregedor Regional do TRT5, Desembargador Valtércio Ronaldo de Oliveira, pela diretora financeira da Anamatra, Raquel Lage e pelo representante da OAB/ Bahia, advogado Carlos Tourinho.



 



Confira aqui,  todos os discursos na íntegra:



1- Discurso da ex-presidente da Amatra, Juíza Ana Claudia Scavuzzi:



Minha família, meus amigos.  Prometo que farei um pronunciamento breve, como devem ser as despedidas. E por isto mesmo não farei relato das ações desenvolvidas pela diretoria. O relatório da gestão vocês receberão eletronicamente em breve.



Ao cruzar a linha de chegada, olho para trás e vejo as marcar de muitas pegadas pelo caminho. Percebo, de forma cristalina, que durante toda a caminhada, eu nunca estive só. Não há um trecho, sequer, que tenha andado sozinha. E isto me enche de felicidade e conforto. É muito gratificante ter pessoas competentes e valorosas ao nosso lado. Saber que se errei, errei muito bem acompanhada e que os acertos foram frutos da nossa decisão, da nossa união e do nosso trabalho.



Ouso a afirmar que, se a gestão 2011/2013 deixou um legado, foi o de uma maior participação dos colegas nas ações associativas, tanto as voltadas para dentro, como as direcionadas para fora da nossa Amatra 5, e isto eu reputo ao nosso crescente sentimento de pertencimento e à necessidade e desejo de uma maior aproximação uns com os outros e com a sociedade. 



Não tenho duvida de que, no momento delicado por que vem passando a magistratura brasileira, as associações assumem importante papel na tarefa de desenvolver estratégicas coletivas de defesa, com foco no binômio: pertencimento e reconhecimento. É primordial o juiz se sentir pertencente ao Poder que integra. Se identificar com ele. Se sentir representado por ele. E, ao mesmo tempo, ter seu trabalho reconhecido por este Poder e pela Sociedade.



 Com o enfraquecimento da referência moral, parece que o jurisdicionado somente se importa com as responsabilidades de um juiz, com a sua independência e capacitação, no momento em que a sua própria (ou de alguém próximo) vida, liberdade ou dignidade estão em jogo num processo concreto, mas ele não pode fugir da responsabilidade de dizer qual Judiciário deseja. Afinal, a imagem do individuo-juiz se constitui a partir do olhar do outro.  E neste contexto, parafraseando o jurista e antropólogo francês, Antoine Garapon, devemos ter em mente que:



a jurisdição converte-se no último disciplinador de uma sociedade em vias de desintegração, ...... a última instância moral ....,o último palco de uma sociedade sem projetos.”  “O contato com a justiça é temido, ao mesmo tempo em que a ela se recorre como último amparo contra a falta total de vínculos. O juiz é convocado como ministro de orientação, numa sociedade desorientada.



Conclui-se, assim, que SEM um Judiciário Forte, Independente e Valorizado se coloca em risco o Estado Democrático de Direito em que vivemos.



E é por isto que a luta pela Valorização da Magistratura não pode arrefecer, sendo de extrema relevância o papel das associações da classe.



Nesta linha, não tenho duvida que a nossa Amatra 5 continuará combativa, unida e realizadora, pois será conduzida, no próximo biênio, por uma DIRETORIA composta de grandes nomes da magistratura baiana, sob a batuta de Andrea Presas. Andréa que, ao longo da sua trajetória associativa, ocupou as Diretorias de Informática e Comunicação; Cultural e de Prerrogativas, com extrema dedicação e competência, encontra-se preparada para enfrentar este desafio, potencializado por ser a primeira Juíza Substituta a ocupar o cargo de Presidente e, com certeza, com seu jeito determinado e eficiente de fazer as coisas, honrará, não só os juízes substitutos, mas todos os magistrados do trabalho da Bahia. Estaremos aqui, Andréa - colegas, amigos, familiares, especialmente seus pais companheiros Felissa e Welington – para testemunhar mais um sucesso na sua trajetória.  



Olho novamente para o caminho percorrido e constato que tantas foram as pessoas que contribuíram, de forma significativa, com a nossa gestão, que nominá-las torna-se tarefa impossível.



Mas por dever de reconhecimento e de extrema gratidão, não posso deixar de citar os integrantes da diretoria, que tanto trabalharam para o bem de todos e o faço nominalmente, por que merecedores de aplausos: Obrigada Andrea Presas, Angélica Ferreira, Ivo Povoas, Juarez Dourado, Norberto Ferichs , José Pinheiro, Renata Gaudenzi, Renato Simões, Rosemeire Fernandes e Rubem Nascimento. Sem vocês, seria impossível gerir a nossa associação.



Obrigada à Presidente Vania Chaves, por todas as profícuas parcerias firmadas e pelo tratamento leal, sincero e respeitoso travado entre as duas instituições, agradecimento extensivo à equipe de servidores sempre atenciosa para com as nossas solicitações. E não foram poucas.   



Obrigada ao MPT, parceiro em várias ações, sob o comando do nosso duplamente medalhado Pacifico Rocha, merecedor de todas as honrarias. 



Agradeço ao corpo administrativo da Amatra 5 – Gal, Val, Fabio, Ana Marta, Andreza e Estela -  que nos auxilia em todas as nossas demandas com dedicação, presteza e carinho.



Obrigada aos ex-presidentes da Amatra 5, especialmente os amigos Gilmar Carneiro e Viviane Leite, que estiveram sempre ao meu lado e que muito me aconselharam. Na certeza, amigos, que também poderei contar com vocês, pelos próximos dos anos, na Diretoria da Anamatra. Tenham paciência!  



Faço aqui um agradecimento especial à minha linda e amada família – meus Pais: Edson e Lucíola, meus filhos: Bruna e Gabriel, meu esposo: Daniel, irmãos, afilhados, sobrinhos etc– e aos grandes amigos, por todo o apoio, incentivo e compreensão. Aproveito para também fazer um pedido publico de desculpas a eles pelas ausências físicas e muitas vezes também de espirito por estar envolvida com demandas associativas. Como diz o Ministro Aires Brito, tentamos fazer do breve o intenso e para isto a Amatra 5 ocupou espaço prioritário na minha vida e, como toda paixão, valeu muito a pena!



Por fim, agradeço aos associados da Amatra5 que nos deram esta oportunidade que foram a nossa inspiração e que jamais esqueçamos de que o movimento associativo “precisa de todo mundo para  construir uma vida nova e que um mais um, é sempre mais que dois...”



Obrigada a todos vocês!



 



2- Discurso da Presidente do TRT5 , desembargadora Vânia Chaves:



" O Tribunal Regional do Trabalho  da 5ª. Região hoje está em festa. Mais uma festa, para celebrarmos a posse da nova Diretoria da Amatra V, Associação que desde a sua criação vem prestando incessantes e relevantes serviços ao nosso Regional.



Nesse período em que estou na Mesa Diretora do TRT5 tive a honra e a alegria de conviver, diariamente, diretamente, com duas grandes Presidentes da Amatra V. Viviane Leite Farias e Ana Cláudia S.M.Baptista.



Conhecia ambas como juízas dedicadas, que com  zelo e responsabilidade desempenham as suas atividades jurisdicionais.Mas, nesses  longos quatro anos aprendi a   admirá-las.Admirá-las  como lideranças  responsáveis, que de forma destemida e sem medir sacrifícios partem em busca das soluções.Gostaria de homenageá-las com palavras belas e adequadas ,mas este espaço não permite.



Gostaria de manifestar o que  sinto por ambas,  mas, o tempo é curto .Presto assim, de forma breve e sucinta  as  homenagens devidas  as estas duas grandes mulheres, mães e magistradas e as estendo a todos os integrantes da Diretoria no biênio 2011/2013 que ora se despede, que conosco vêm, de forma incansável e diuturna contribuído para o engrandecimento do TRT5.



Peço licença para me dirigir à Presidente Ana Cláudia que ora deixa a Diretoria.



Prezada Ana: as atividades e dificuldades que nesse biênio da nossa Presidência enfrentamos  serviram , principalmente, para nos aproximar , para  reforçar a admiração  que nutro por você. Admiro a sua alegria, o seu empenho a sua vontade de fazer, a sua postura positiva em relação á vida, o seu bom humor .Você não é do tipo que manda ou espera .Ao contrário,  é quem parte na frente, faz primeiro, faz sozinha, encontra o caminho, acha a solução.



As  atividades de Presidente de um Tribunal do porte do nosso e de uma Associação de Magistrados como a Amatra V  não são fáceis.Ao contrário , são duras e desgastantes. Exigem atitude e ponderação. Mas foram exatamente elas que nesse biênio nos aproximaram..... A franqueza com que resolvíamos os problemas não deixavam espaço para dúvidas, para  a mágoa .Tentávamos , de forma franca e direta encontrar soluções .Mas, quando estas não apareciam ou não se mostravam viáveis , eu logo me adiantava :Vou indeferir e você  respondia....... vou recorrer. Tais atitudes não deixavam  espaço para ambigüidades, dubiedades, afinal, estávamos cumprindo o nosso papel e cada uma ia até onde os limites da sua responsabilidade permitia.



Tenha certeza, querida Ana, você fez a diferença, cumpriu o seu papel. A você o meu reconhecimento pelo belo trabalho que empreendeu e o meu agradecimento pela parceria e colaboração. Sou testemunha do seu sacrifício  físico, da renúncia pessoal ,do desgaste e cansaço que  algumas vezes nos acomete e nos  conduz ao desânimo, pois também passo por isto. Mas, você não desistiu, não desanimou , e hoje passa a Presidência com a certeza do dever cumprido, de haver combatido o bom combate como diz S.Paulo.Os nossos parabéns, você  combateu e venceu . 



Juíza Andréa Presas.



V. Exa. que agora assume a Presidência da Amatra V tem numerosos exemplos em que se espelhar. Tenho certeza que tanto quanto os seus antecessores irá exercer o “munus” com afinco, responsabilidade e competência, não só pessoal mas também técnica, já que todos sabemos ser possuidora ,afinal,  além de juíza é Mestra e Doutora em Direito do Trabalho.Desejo-lhe sucesso, sorte, muitas bênçãos e conte comigo, como Presidente deste Tribunal para ajudá-la a atravessar esse rio caudaloso que é a missão institucional. Só assim, com base na cooperação, na colaboração poderemos  desempenhar a contento as nossas missões.



Aproveito o ensejo para dar-lhe um conselho . Lute pela Amatra V, pelo seu engrandecimento , mas não se esqueça que isto não será possível sem uma perfeita interlocução institucional. Busque dialogar.Insista em  uma  interlocução que se faça  diariamente , com a convivência, com o contato pessoal, de forma  sincera e com seriedade  o que é fruto do trabalho ,da ajuda mútua das parcerias.



Não desanime com o primeiro NÂO  e nem vá retroceder com os primeiros obstáculos.Siga o seu caminho , mas não se esqueça de consultar os seus colegas de Diretoria , de dialogar com os  seus associados,com a Mesa Diretora do seu Tribunal e saiba que com isto ao invés de nos afastarmos estaremos fortalecendo laços , construindo uma verdadeira  “net work” uma rede de confiança, uma parceria sólida .



Dados do Conselho Nacional de Justiça - CNJ confirmam a Justiça do Trabalho como o ramo mais célere do Poder Judiciário Nacional e o melhor colocado na realização das Metas de desempenho traçadas anualmente pelo Conselho Nacional de  Justiça com o objetivo de tornar mais rápida e eficiente a tramitação processual. O nosso Tribunal no ano de 2012 foi o primeiro do país no cumprimento do Planejamento Estratégico e isto foi resultado de um trabalho conjunto da alta administração do Tribunal, da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª.Região  e de cada Juiz, Diretor de Secretaria e servidor, individualmente .



Neste ano de 2013 também  alcançaremos o mesmo resultado. Mas isto não se consegue sem a participação de todos .



Essas conquistas  separadas são pequenas  vitórias, mas juntas formam um complexo de ações que engrandecem o Tribunal Regional do Trabalho 5ª.Região.



Agora no dia 15 de maio  o TRT5 novamente foi destaque em Brasília, desta feita  na 1ª Oficina de Metas Nacionais 2013 da Justiça do Trabalho, realizada no TST, com a apresentação de um módulo de integração da Coordenadoria de Saúde com o Sistema de Gestão de Pessoas, que possibilitará o melhor desenvolvimento do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) cujo trabalho iniciamos o ano passado atingindo 60% dos magistrados e servidores .



Além desses resultados exitosos  somos participantes dos Programas Trabalho  Seguro, Erradicação do Trabalho Infantil, do ano comemorativo pelos 70 anos da CLT e em todos esses eventos só sairemos vitoriosos de estivermos juntos, trabalhando em harmonia. 



Somos sabedores de que só com muito empenho , trabalho e compromisso poderemos cumprir a nossa missão de fazer justiça de forma célere e eficiente .Isto se faz através de um diálogo ininterrupto com a Presidência, a  Corregedoria ,com o Ministério Público do Trabalho ,a Ordem dos Advogados do Brasil ,com o E.Tribunal Superior do Trabalho ,com sindicatos de empregados e empregadores, com a sociedade em geral.  



Os meus parabéns à nova Diretoria e o faço na pessoa da sua Presidente Andréa Presas Rocha e do Vice-Presidente George Santos  Almeida , estendendo os cumprimentos aos Senhores Desembargadores e Juízes que agora tomam posse .Desejo a todos muito êxito e sucesso e saibam que sempre e de forma irrestrita contarão comigo , com o seu Tribunal para que juntos possamos construir o ideal de uma Justiça do Trabalho mais humana ,onde seja observado o princípio constitucional da razoável duração do processo, o que só será atingido com parceria e observância ao  princípio da cooperação , onde trabalhemos   em união   buscando  fortalecer  o diálogo entre as instituições.



Finalizo citando o  poeta gaúcho Mário Quintana:



O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. Obrigada"



3 - Discurso da Presidente eleita, juíza Andrea Presas:



"Senhoras e Senhores; Minha família, meus amigos,



“Cada coisa a seu tempo tem seu tempo”, diz o poeta Fernando Pessoa, pelo seu heterônimo Ricardo Reis.



O meu tempo chegou. O nosso tempo chegou, queridos colegas de diretoria, que aceitaram me acompanhar no desafio de integrar a chapa “Unidade é Força”.



A expressiva votação que obtivemos vem respaldar que, acima de qualquer divisionismo ou preferência, a AMATRA é de todos os associados.



Sem dúvida, a associação, no que representa toda a categoria de magistrados, independentemente do grau de jurisdição ou de hierarquia, tem interesses próprios, e mais restritos, que os interesses públicos das Varas e do Tribunal, que servem à sociedade.



Todavia, acima de tudo, é fundamental que haja harmonia para que possamos desempenhar as nossas atribuições como juízes e como associados. É com isto em mente, que procuraremos prosseguir na jornada, iniciada nas gestões anteriores, em busca da amplificação e consolidação dos espaços políticos, sempre com efetivo respeito e consideração às mais diferentes expressões e demandas dos integrantes da Magistratura do Trabalho da 5ª Região, sem exclusão de nenhum grupo ou indivíduo, seja por qual razão for.



E aqui, Presidente Vânia Chaves, reiteramos o compromisso de manter permanentemente aberto o canal de diálogo entre a Amatra5 e este Tribunal, consolidando esta parceria.



Em uma associação não se está sozinho: seu esforço é somado ao esforço de outros parceiros, aumentando as chances de que as coisas caminhem na direção certa e atinjam o resultado almejado. É no ato de associar-se, que também assumimos a responsabilidade em solidarizar-nos. Participar de uma associação, não pode limitar-se a tão somente buscar os resultados, de uma decisão, sobre quais benefícios diretos alguém, individualmente considerado, recebe ou deixa de receber. O intercâmbio de idéias, a interação entre os associados e as ações conjuntas, tudo isto contribui de forma fundamental para o sucesso do trabalho, sendo este, o fruto da confiança entre as pessoas que nele se empenham.



“Coitado de quem está sozinho / E assiste o seu próprio sonhar!”, escreveu Cecília Meireles. O encastelamento jamais solucionou nenhum problema. Por isso, a necessidade da nossa união, da interação entre os afiliados, para que possamos transformar tudo aquilo que idealizamos para a nossa associação em realidade, e poderia aqui mencionar vários sonhos já concretizados e institucionalizados, a exemplo dos eventos Qualidade de Vida, do COMAT (Congresso de Magistrados Trabalhistas da Bahia), do Almoço Cultural, da criação e funcionamento da nossa Escola Associativa, a EMATRA5, que já deslanchou em movimento ascendente.



Portanto, deixemos, não que nossos problemas nos empurrem, mas que nossos sonhos nos guiem.



A nossa associação é como um corpo, e como tal, não se compõe de um membro só, mas de muitos. Todos igualmente importantes para que o corpo funcione na plenitude que se lhe espera. Por isso, colegas, conclamos a todos a que participem do movimento associativo, pois a vida é mais bela dentro dele.



Neste momento em que recebo o leme da nau associativa, assumo, de público, o compromisso em ampliar e avançar as conquistas do movimento associativo. Consciente de que se faz necessário agregar novas ferramentas e novos valores, dando espaço à criatividade institucional, sempre buscarei orientação no caminho já percorrido, do qual extraí o aprendizado para os problemas que se apresentam. Afinal, ao buscarmos apontar para o futuro, nos é fundamental o apoio no acúmulo de experiências e de conquistas realizadas ao longo da nossa história associativa. E a minha história se iniciou há mais de catorze anos, em 1998, quando ingresse na magistratura trabalhista, e que se consolidou nos últimos seis anos, nos quais interferi ativamente nos rumos da Amatra5, como Diretora de Comunicação, Diretora Cultural e Diretora de Prerrogativas.



Gilmar Carneiro de Oliveira, Viviane Maria Leite de Faria e Ana Cláudia Scavuzzi Magno Baptista, a vocês, diletos amigos, tenho de dirigir uma palavra de agradecimento. Vossas Excelências confiaram em mim, apostaram em mim, e, por isso, com imensa satisfação, expresso a minha gratidão; e, com incontido orgulho, afirmo a minha certeza de poder contar com vocês ao meu lado. Como diz o escritor francês Georges Bernanos, Vossas Excelências sabem “encontrar a alegria na alegria dos outros”.



Eu me apaixonei pela vida associativa. A Amatra5 entrou em meu ser. E, como em toda paixão, sacrifícios são necessários. Valho-me da lucidez poética de Adélia Prado para expressar o que sinto: “A experiência amorosa exige sacrifício. Não se ama para ser recompensado. O amor é sua própria recompensa”.



A Associação que hoje assumo representa os juízes, um dos pilares da Justiça do Trabalho. Não é fácil o ofício de Juiz. Demanda resistência e sacrifícios. Exige muita responsabilidade. Distribuir justiça, com sensibilidade para perceber a verdade, certamente não é uma tarefa simples, mas quando concluída, entregando a cada um o que é seu, traz a extrema satisfação do dever cumprido.



Sócrates, na antiga Grécia, já apontava as características que devem ser essenciais a um juiz: escutar com cortesia, responder sabiamente, ponderar com prudência e decidir imparcialmente. E aqui ouso acrescentar mais um ingrediente, que se traduz no “olhar amoroso” sobre o outro, de que nos fala a poetisa Adélia Prado. É o olhar o nosso semelhante com o coração, tratando-o com respeito.



Bem sabemos que todos os indivíduos, assim como nós juizes, carregam consigo os seus valores, éticos e morais, que impregnam todas as atividades. Eis o desafio maior, pois compete ao juiz decidir com equilíbrio, buscando a supremacia da justiça, sem distinção de qualquer natureza entre os jurisdicionados.



Para tanto, o juiz deve ser também um indivíduo do seu tempo, atento às mudanças na sociedade, econômicas e comportamentais, bem como à evolução na doutrina e na interpretação do direito.



Afinal, como filosoficamente canta Lulu Santos, “tudo muda o tempo todo no mundo”, ou, conforme há muito afirmou o filósofo pré-socrático Heráclito, “Nada é permanente, exceto a mudança” ou “Nada existe de permanente a não ser a mudança”.



Nada obstante, cabe acrescentar que, acreditar que a mudança é uma inevitável constante na vida, não equivale a acreditar que tudo está pré-determinado e estará sujeito a mudanças independentemente das nossas ações. Ao contrário, demonstra a necessidade de aceitarmos estas mudanças e o entendimento de que é essencial nos inserirmos no processo de acompanhá-las.



A carreira do magistrado mudou, a relação do Judiciário com a sociedade mudou. Neste particular, cabe destacar os avanços da Amatra5 em ações sociais, encampando os projetos nacionais, de que são exemplos o TJC – Trabalho Justiça e Cidadania, e a campanha Juiz do Trabalho – sempre ao seu lado, os quais permitem uma maior aproximação com a sociedade e o estabelecimento de um canal permanente de diálogo com os seus interlocutores.



Vivemos um outro momento de peculiar mudança, com a chegada do Processo Judicial Eletrônico (PJe) e suas novidades. A ele nos adaptaremos, com a certeza e a eficiência de sempre. A Amatra5, consciente da profundidade de tal mudança, vem acompanhando, bem de perto, a sua implantação, não se furtando a criticar e a apontar sugestões, sempre atenta aos interesses dos magistrados do trabalho e dos jurisdicionados.



Por tudo isso, é com muita honra que, a partir de hoje, assumo a tarefa de presidir a Amatra5, a primeira juíza substituta a fazê-lo na história da nossa Associação. E pretendo fazê-lo com denodo e coragem. Aliás, a palavra coragem, que vem do francês coeur (coração) + age (agir), e que significa “agir com o coração”, será a tônica desta nova gestão.



Nesse momento tão especial, expresso minha gratidão aos colegas integrantes da nova diretoria por terem aceitado conduzir, ao meu lado, por dois anos, a nossa honrada instituição. E aos demais colegas que nos deram esse voto de confiança. Meus sinceros agradecimentos!



Aos meus pais, Felisa e Wellington, exemplos da minha vida. Constituem meu alicerce mais profundo e firme. 



A minha Avó Sila, modelo de garra e força. Vó, tenho muito orgulho de ser sua neta.



Ao meu lindo e amado filho Guilherme, doador e receptor do mais nobre e profundo sentimento que conheço. Por você, Gui, desejo, a cada dia, ser uma pessoa melhor.



Sei que nos últimos anos, tentando me equilibrar entre os múltiplos papéis que a Vida me trouxe - magistratura, docência, doutorado (finalmente concluído), literatura jurídica e associativismo -, não fui paradigma de filha, neta e mãe. Se não posso pedir paciência, peço a vocês indulgência. Amo vocês incomensuravelmente!



Agradeço aos servidores da 16ª Vara, parceiros fiéis e dedicados, equipe que dá exemplo de união, eficiência, coragem e empenho.



Ao colega Paulo Temporal, Juiz Titular da 16ª Vara, a quem auxilio há quase 10 anos, agradeço as lições de temperança e peço que exercite, em meu benefício, uma outra virtude: a paciência para guardar o meu lugar; afinal, dois anos passam rápido.



Aos meus caros amigos conquistados na profissão. Apenas pela amizade de vocês, a magistratura já valeu a pena.



A você, Ana Claudia, não só por ser integrante do rol de amigos queridos, mas também por tudo que me ensinou, com o seu dinamismo e firmeza, sempre recheados de doçura. É uma honra e uma responsabilidade grande lhe suceder.



Aos meus amigos de longas datas, aos meus parentes queridos, tios, padrinhos, primos, sobrinhos, cunhados e irmãos. Lorena e Rodrigo, amo vocês!



E, amigos, como o nome já diz, somos “juízes do trabalho”.



Portanto, com a ajuda de Deus, “ao trabalho”!



Quero por fim dizer que hoje é um dia muito especial para mim. A todos vocês que vieram compartilhar, o meu muito obrigada!"



 



Fonte: ASCOM /AMATRA 5


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