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Um trabalho emocionante e ao mesmo tempo de grande alcance social é realizado pelas mães da Escola Evolução, localizada no Imbuí, que abriga crianças e jovens com distúrbio de comportamento. Uma das fundadoras da instituição, a Desembargadora Graça Boness, que possui um filho na escola, convidou colegas magistrados para visitar a instituição na última quinta-feira, dia 18, e todos saíram encantados com o trabalho.
O Desembargador Luiz Roberto Mattos, por exemplo, disse que a sociedade e o governo precisam apoiar mais a instituição, que precisa também de maior divulgação. “Aqui é feito um trabalho maravilhoso”, disse o magistrado.
Realmente é um trabalho de doação muito grande. As mães se revezam, junto com educadores, para ajudar a manter a instituição, que possui cerca de 10 mil metros quadrados de área e funciona desde 1984. Em novembro de 2000, obteve o reconhecimento como entidade de utilidade pública.
De acordo com a presidente, Célia Santos, mãe de uma aluna da instituição, antes da admissão de um candidato é feita uma avaliação social, psicológica, psicopedagógica e psiquiátrica. Só depois, os pais vão saber se o perfil é para a Escola Evolução ou para uma escola regular.
O mais importante, explica a diretora, é que mesmo que a família não tenha condições de pagar, a escola acolhe a criança. “Não existe valor fixo, as pessoas pagam quanto podem”, informa a presidente, acrescentando que a instituição tem outras formas de arrecadação, como a Padaria e Delicatessen Evolução, que aceita encomendas de pães, tortas e doces, além do Clube das Mães, que confecciona objetos de arte para vender.
A Desembargadora Graça Boness lembra que os equipamentos da padaria foram cedidos pelo Programa Fome Zero, assim como o terreno foi doado pela prefeitura. Empolgada com o trabalho, ela conhece todas as crianças e jovens pelo nome e participa ativamente dos trabalhos da instituição que ajudou a fundar. “Aqui, 60% são oriundos de famílias carentes”, lembra ela.
A instituição possui atualmente 87 alunos, que recebem tratamento clínico e pedagógico com o objetivo de integração com a família e a comunidade.
As crianças e jovens ficam na instituição das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. A Prefeitura de Salvador cede quatro professores e o Governo do Estado outros três.
Depois de visitar as instalações e conhecer os alunos, os magistrados fizeram um lanche feito na padaria da escola. Participaram da visita, além da Desembargadora Graça Boness, os Desembargadores Valtércio Oliveira (ex-presidente do TRT5) e Luiz Roberto Mattos, e os juízes Paulo Temporal (diretor cultural da Amatra5), Manuela Hermes, Rosemeire Fernandes (presidente da Amatra5), Edlamar Cerqueira (diretora-secretária) e Silvana Janot.
A instituição fica na Rua Alberto Fiúza, 500, Imbuí. Para doações e informações: (71) 3231-1502.