Na solenidade de abertura da 2ª Semana de Formação Continuada de Magistrados 2018, no ultimo dia 4, a Escola Judicial (Ejud) do TRT5 homenageou os magistrados aposentados deste Regional. Foram agraciados com Placas os juizes mais antigos do Tribunal, Ilce Marques de Carvalho e José Augusto Rodrigues Pinto, além de Raymundo Pinto, que representou a Diretoria de Aposentados da Amatra5.
Os trabalhos foram conduzidos pela Diretora da Ejud, desembargadora Margareth Rodrigues Costa, que fez um convite para que todos participassem de uma campanha de solidariedade da Ejud, com doação de alimentos e outros gêneros para a população carente.
Também prestigiaram o evento os juizes aposentados José Neves e Nilton Silva.
Acompanhe a seguir a "Oração de agradecimento" do desembargador aposentado José Augusto Rodrigues Pinto.
“Esta homenagem prestada aos magistrados trabalhistas aposentados no serviço da Justiça do Trabalho da 5ª Região pela Administração da Escola Judicial TRT-5, representada pela exmª Desembargadora Margareth Rodrigues Costa, reveste-se de altíssimo valor de gratidão e apreço pela inestimável contribuição que eles deram para o engrandecimento do prestígio e do respeito tributados pela sociedade a estas instituições. Gratidão e apreço que, em merecida reciprocidade, lhes são votados com a mesma sincera espontaneidade pelos homenageados.
A razão de tudo isso é o vínculo indelével que une os seus destinos. À magistratura trabalhista entregaram os homenageados uma longa vida profissional de estudos e decisões que marcaram a vida de milhares de jurisdicionados, ao custo de longas noites de estudo e debates com a própria consciência sobre os caminhos mais edificantes para dar a cada um o que é seu nos dilacerantes conflitos entre o capital e o trabalho. Da magistratura trabalhista receberam, em troca, respaldo material e moral que os fez encontrar, no fim da carreira, o prêmio do reconhecimento pelo dever cumprido.
Não posso deixar de lembrar que a força afetiva desse vínculo ganhou tal intensidade que, na imensa maioria dos casos, a aposentadoria não foi sinônimo de inatividade, pois continuaram emprestando a ambas instituições, enquanto a inclemência do tempo lhes concedeu energia, o valor de sua experiência e o brilho de sua capacidade no exercício de funções relevantes de conteúdo jurisdicional e administrativo, em cursos de aperfeiçoamento e preparação para concursos, em comissões examinadoras para o ingresso na carreira da magistratura e em gestão administrativa de seus órgãos administrativos, ou até, indiretamente, na advocacia consultiva para solução de dissídios individuais e coletivos do trabalho.
Em contrapartida, a Justiça do Trabalho e sua Escola Judicial jamais deixaram de manter abertas suas portas para recebe-los irmãmente em todas as solenidades, de convida-los para participar efetivamente dos eventos culturais, como conferencistas, palestrantes e debatedores, e de requisitar-lhes a presença em todas as confraternizações festivas. Deu-se, portanto, uma simbiose tão perfeita de sentimentos e vontades que, ressalvada a linha divisória formal da lei, nada permite perceber a mínima distinção na fraternidade do convívio. São todos magistrados do trabalho, e ponto final.
Decerto recaiu em mim a escolha para simbolizar, fisicamente, o enorme elenco dos homenageados, por se tratar do mais antigo deles, ainda em vida. Somente por isso, aceitei a inestimável honra de, sem mandato expresso, receber a placa alusiva a este ato e agradece-la. Permitam, porém, ir mais longe no agradecimento para abençoar a nobreza dos homenageantes pelo carinho de nos lembrarem nesta quadra de senectude costumeiramente punida com a fria penumbra do esquecimento”.
