Na véspera do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho) magistradas da Justiça do Trabalho foram ao Estádio Manoel Barradas (Barradão), em Salvador, divulgar uma campanha com as 10 razões pelas quais as crianças não devem trabalhar. A distribuição dos folders aconteceu fora do Estádio neste domingo (11/06), antes da partida entre Vitória e Atlético Mineiro, e participaram as juízas Geruzia Amorim e Rosemeire Fernandes, esta Gestora do Primeiro Grau do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA), além de voluntários. Antes da partida e durante o intervalo, uma enorme faixa contra o trabalho infantil circulou no campo, chamando a atenção da torcida para a campanha. 

A ação, promovida pelo TRT5 e Amatra5, com a coordenação da juíza Clarissa Nilo de Magaldi, faz parte da 2ª Semana Nacional da Aprendizagem, uma iniciativa do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que acontece de 12 a 16 de junho em todo o país. 

A juíza Rosemeire Fernandes disse que logo que chegou ao Estádio percebeu o quanto é importante essa ação, pois viu muitas crianças e adolescentes catando latas de cerveja e refrigerante e também vendendo alimentos. “As pessoas precisam estar atentas a essa violência, a esse fenômeno invisível, que tantos males traz para as crianças e adolescentes e que é uma violência contra a própria sociedade”. 

A magistrada elogiou o apoio da direção do Esporte Clube Vitória, que apoiou a iniciativa desde o primeiro momento, liberando o acesso às dependências do estádio e permitindo que a faixa da campanha circulasse pelo Manoel Barradas antes da partida e durante o intervalo.

A juíza Geruzia Amorim disse que foi a primeira vez que participou dessa campanha em um estádio de futebol. Disse que é uma iniciativa muito importante pela grande visibilidade do evento, que atrai a atenção da mídia. “Vi crianças trabalhando em torno do estádio e procurei explicar que o lugar delas é na escola ou brincando”.