No mês em que se comemora a luta pela erradicação do Trabalho Infantil a Amatra5 participou de uma feira de material promocional de diversos órgãos e entidades engajadas nessa relevante luta. O evento  promovido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia – SRTE-BA, contou com o apoio do  Governo Federal, SEDES, SECTI, FETIPA,  MPT, TRT5 , AMATRA5, além de diversas ONGs.

“O juiz do Trabalho não pode ficar alheio a essa luta”, declarou a Diretora de Comunicação da Amatra5, juíza Doroteia Azevedo, que participou da Feira junto com a presidente da Amatra, juíza Andrea Presas e da Diretora de Cidadania e Direitos Humanos, juíza Manoela Hermes. “ Para muitos ainda é natural a prática do Trabalho infantil.  Acredito que essa triste realidade só mudará através de ações socioeducativas e da divulgação dos malefícios do trabalho infantil”, complementou  a juíza.

O evento realizado na tarde do dia 11, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador, contou com palestra do publicitário Fernando Passos, apresentação de dados sobre o trabalho infantil no Brasil e na Bahia, além do lançamento do vídeo Impacto do Trabalho Precoce na Saúde de Crianças e Adolescentes, realizado pelo médico e auditor-fiscal do trabalho Gerson Estrela em parceria com a OIT.

Números do Trabalho Infantil

De acordo com Maria Tereza Calabrich, Auditora Fiscal do Trabalho, no censo do IBGE de 2010 foram identificadas 3,385 milhões de crianças e adolescentes trabalhando em todo o país. Dessas, 30% estavam no Nordeste e 8,5% na Bahia, que é o estado da região que está em primeiro lugar deste triste ranking. Em termos nacionais, a Bahia ocupa a terceira posição em número de trabalhadores infantis, com 288 mil casos conhecidos.

Já o publicitário Fernando Passos defendeu em sua palestra ações de sensibilização e uma comunicação espontânea, apresentando os malefícios do trabalho infantil.