Amatra5 presente nas comemorações pelos 10 anos da Agenda Bahia do Trabalho Decente
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A Amatra5, representada pela presidente Angélica Ferreira, marcou presença no evento dos 10 anos de criação da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD), que aconteceu nesta terça-feira (dia 03/04), em uma cerimônia realizada no auditório do Ministério Público, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Participaram representantes de órgãos públicos, de instituições privadas, de organizações de trabalhadores e de empregadores. A secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Olívia Santana, destacou a importância da Agenda para o enfrentamento das desigualdades no mundo do trabalho. “Ao longo da última década, a Agenda reuniu um conjunto de parceiros estratégicos para desenvolver uma série de ações, que impactaram positivamente na vida da população em situação de vulnerabilidade”, afirmou Olívia.
O diretor do escritório regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Martin Hanh, por sua vez, ressaltou o pioneirismo da Bahia na área: “A Agenda Bahia do Trabalho Decente foi a primeira experiência subnacional no mundo, um acontecimento muito inovador, que se tornou referência para outros estados brasileiros e países, como o Chile e a Argentina”, disse.
A Amatra5 participa dessa iniciativa desde o início. A presidente da Associação lembra a experiência exitosa na época da construção da Arena Fonte Nova, que envolveu juízes, promotores e advogados em um esforço para levar conhecimento aos operários sobre trabalho seguro. Foram realizadas ainda diversas ações com a participação de juízes, a exemplo de caravanas de combate ao trabalho infantil, conferências e ações de interiorização de agendas de trabalho decente.
Estudo
A comemoração contou ainda com o lançamento, na Bahia, do estudo “A População Afrodescendente na América Latina: Ampliar o olhar sobre as desigualdades para avançar na garantia de direitos”. Apresentado pela diretora da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas, Laís Abramo, o estudo mostrou que existem, pelo menos, 130 milhões de afrodescendentes na América Latina, aproximadamente 21% de toda a população da região.
“Atualmente, 14 países da América Latina já criaram instituições e mecanismos com o intuito de avançar na legislação, desenvolver políticas de reconhecimento e ações afirmativas para essa parcela da população”, destacou Laís.
O evento homenageou ex-secretários da pasta e os representantes de cada uma das nove câmaras Temáticas da Agenda Bahia do Trabalho Decente.